Clínica no DF é condenada após harmonização facial mal sucedida

A cliente deve ser indenizada por danos morais e receber o reembolso do valor investido no tratamento de harmonização facial mal sucedida.

Entenda o caso:

Linalva buscou a clínica de estética para realizar harmonização facial, preenchimento nos lábios, tratamento de bigode chinês, aplicação de botox e bioestimulador. Porém, segundo ela, após o atendimento, seu rosto apresentou inchaço por dois meses, o que chegou a lhe causar depressão. 

Neste ponto delicado, inclusive, já discutimos sobre depressão após cirurgia plástica aqui no blog e precisamos sempre falar mais sobre o impacto emocional na vida das mulheres que buscam procedimentos estéticos e enfrentam complicações. Dá uma olhadinha no depoimento da Sra Linalva:

“Eu comecei a me sentir ruim, com o rosto doendo, ardendo. A menina, realmente, me falou que passava três ou quatro dias com o rosto inchado, mas aí desinchava, só que não desinchou.”

Linalva também relata que o preenchimento nos lábios deformou sua boca e que chegou a retornar à clínica para tentar corrigir o procedimento, sem sucesso.

“Quando eu me olhava no espelho era a pior coisa. Eu falava assim: meu Deus, por que eu fui fazer isso? Pra mim era melhor eu ter ficado como eu estava e não ter ficado com o rosto do jeito que ficou. Passei muito constrangimento, eu chorava direto, chorava muito mesmo.

Clínica foi condenada após harmonização facial mal sucedida

Após Linalva buscar o Juizado Especial Cível e Criminal, a clínica foi condenada a indenizá-la em R$6 mil por danos morais e deve também devolver os R$2,1 mil investidos nos tratamentos. No processo, a clínica apresentou defesa alegando que a cliente não teria demonstrado abalo moral em decorrência dos procedimentos. 

Para a juíza Theresa Karina de Figueiredo, Linalva foi vítima de imperícia e ficou com imperfeições e alterações desarmônicas em seu rosto. A juíza também destacou, em sua decisão, que a clínica não prestou assistência para fazer as correções que “tal situação acarretou sentimentos de angústia, decepção e preocupação ante ao resultado obtido.”.

Confira os destaques da advogada sobre essa notícia:

Ainda que profissionalmente, seja o meu trabalho lidar com complicações após procedimentos estéticos, harmonização facial mal sucedida e  processos de erro médico, pessoalmente, fico extremamente triste quando vejo situações como a da Sra. Linalva e por dois motivos principais:

1. Não sei se você notou, mas na entrevista ela diz que a primeira coisa que pensou após se olhar no espelho e ver as deformidades, foi: “meu Deus, por que eu fui fazer isso?”.

É unânime entre todas as pacientes que lido, o primeiro sentimento da mulher é SE punir, se sentir culpada, o que lógico não deveria acontecer afinal, ela  é uma vítima da negligência profissional. 

2. Em segundo lugar, nesse caso também fiquei extremamente desapontada com a possível falta de orientação jurídica que essa mulher deve ter tido. Afinal, o processo dela tramitou nos Juizados Especiais Cíveis, popularmente conhecido como “pequenas causas”, ao invés de uma Vara Cível, onde sempre recomendo que esse tipo de ação seja ajuizada para que as provas sejam melhor apreciadas pelo juiz.

Acredito que por conta disso, pelo fato dos Juizados Especiais serem responsáveis por ações de menor complexidade, corriqueiras, o valor da condenação e indenização foi tão baixo em razão dos danos causados à paciente, após a harmonização facial mal sucedida.

Se cuida!

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Fonte:  Portal G1

Advogada Rita Soares

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